segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Paris - Reveillon e Segway

Viagem França 2010 / 2011 - Parte 2Dia 3 - 31 de dezembro de 2010, sexta-feira

Nesse dia, o ponto de partida do passeio foi o Arco do Triunfo. Fomos descendo pelo Champs d'Elysees, parando em quase todas as lojas: Fnac, Sephora (quantas lembranças!), H&M, Citroen, etc... Passamos pelo Petit e Grand Palais e pela feira natalina do Champs. Comi um(a) gauffre delicioso(a), com bastante nutella.



Chegamos até a Place de la Concorde, com a tradicional roda gigante natalina, que tinha, adivinhem, uma fila enorme! Ah, Paris!
Subimos a rue Royale, até a Madeleine. Nessa esquina, tem uma loja daquelas mostardas Maille, original de Dijon. Eles têm uma mostarda que vem direto da "torneira". É como se fosse uma choppeira, mas sai mostarda! Vale a pena uma passada. Além da choppeira de mostarda, tem mostarda com vários sabores diferentes, inclusive uma verde. Comprei, mas ainda não provei.
Continuando, chegando ao Boulevard Haussmann, que o boulevard des grands magazins, incluindo Printemps, Galeries Lafayette e outras lojas. Demos uma volta rápida, mas estava apinhado de gente.
Antes de almoçar, decidimos sentar e tomar um chá na Maison du Thé. Era uma casa interessante, num clima bem chinês, incluindo as duas meninas que trabalhavam lá.
Depois do chá, tentamos ir almoçar no Le Grand Colbert. Eram 14h45 e tinha uma placa dizendo que fecharia às 15h, mas o chef resolveu fechar antes. Bem francês, não? Acabamos comendo um sanduíche.
Voltamos até a Avenue de l'Opera, passando pela rue de Rivoli e Pyramides du Louvre. Descemos até a pirâmide invertida, mas não entramos no museu. Nós dois já fomos e vimos a famosa, pequena e concorrida Mona Lisa.



Voltamos para casa, para descansar um pouco antes da noite de Reveillon.
Passamos a meia-noite num restaurante que vira night, Promenade, na rue du Louvre. O jantar estava delicioso, mas os franceses não estavam muito animados. De qualquer maneira, nós estávamos e a nossa passagem de ano foi ótima!


Dia 4 - 01 de janeiro de 2011, sábado

O dia 01 de janeiro é historicamente complicado em viagens. Tudo fecha: museus, igrejas, lojas, restaurantes. Mas nós encontramos o programa perfeito.
Fomos de metrô até a estação de Trocadéro. O dia estava muito nublado, com muita neblina e chuviscando um pouco. Mas dá um clima bacana à Torre Eiffel. (E isso não impede milhares de turistas de irem!)


Para quem interessar, a Torre Eiffel também abre nesse dia. Então, quem tiver disposição, pode fazer a fila imensa para subir. É uma boa opção num dia tão complicado.
Fomos caminhando até a Torre, passando por uma feira de natal no Trocadéro. Só tinha quinqui.
Ao lado da torre, fica a estação do Bateaux Parisiens, que faz passeios pelo Sena, com explicação num audioguia. O barco vai pelo Sena, passando um pouco o Musée d'Orsay, mas sem chegar até as ilhas. Na volta, vai até a Île de Cygnes, onde fica uma réplica em miniatura da Estátua de Liberdade. (Adivinha quantas pessoas tiraram foto da estátua?)
No caminho, também passamos por uns barcos que ficam atracados no Sena, onde tem gente que mora! São casas flutuantes.



O nível do rio estava bem alto e, uns dias antes, os passeios tinham até sido proibidos, porque os barcos não passavam debaixo das pontes!
O passeio leva uma hora e tem uma relação custo x benefício bem bacana, já que custa 10 euros!
Depois fomos ao Musée du Quai Branly, que também abre no dia primeiro. Tentamos almoçar no Les Ombres, restaurante bem elogiado dentro do museu, mas a cozinha fecha às 14h30 (!!!). Então, comemos no Café Branly.
Vimos a exposição permanente, sobre povos primitivos da Ásia, África e Américas. Mais do que o conteúdo, o bonito mesmo é a forma do museu e como eles expõe. Por fora, ele tem uma parede coberta de hera. As plantas revestem um prédio bem moderno, aos pés da Torre Eiffel. É lindo! Por dentro, a exposição é muito bem montada, com a iluminação linda, paredes de couro com relevo mostrando como eram as habitações de vários povos (índios, incas, africanos, asiáticos, etc.)


Voltamos caminhando daí até a nossa casa, sob uma chuva bem fininha, pela rue de l'Université até o bvd. Saint-Germain. Passamos pelo Les Deux Magots (lotado!) e pela Eglise Saint-German-des-Près. Na rue de Buci, esquina com a rue de Seine, parada estratégica para dar uma esquentada! (Passamos em frente ao Chai de l'Abbaye, onde a Nonna me levou.) Sentamos numa mesa na calçada e tomamos um conhaque e um chocolat no Bar du Marché, também indicado pelo Herzog. Ele fala da ótima trilha musical, mas, da varanda, não ouvimos nada. O uniforme dos garçons é realmente uma graça, com calça quadriculada e suspensório. Bem criativo e diferente, pelo menos para Paris!
A continuação, fomos ao Pub Saint-Germain, ao lado do Le Procope. O lugar é ótimo, sem mesas, só com lounges, sofás, poltronas e mesinhas de centro. É ótimo para drinques (muitas opções) e para picar (poucas opções).



Dia 5 - 02 de janeiro de 2011, domingo

Hoje foi o nosso dia do passeio de Segway. (O Segway também funciona no dia 1, mas já estava lotado.)
É uma opção bem bacana e tem em várias cidades. http://citysegwaytours.com/
O ponto de encontro é na Torre Eiffel, na ponte norte (que eu sabia, sim, qual era...). Até vermos o guia chegando no Segway dele, a gente ficou meio perdido. Caminhamos até o escritório, que fica ali perto. Treinamos um pouco e já saímos dominando as calçadas de Paris! O segway não tem acelerador. É tudo com o peso do corpo. Se inclinar para frente, ele acelera. Para trás, freia e anda de ré.
O tour começa pela Av. de la Motte-Piquet, entre a Torre Eiffel e a École Militaire, onde Napoleão ingressou aos 14 anos e se formou aos 16. Continuamos até a Eglise du Dome, igreja construída por Louis XV, o rei Sol, onde Napoleão está enterrado. Ele está enterrado dentro de 7 caixões, de forma que o túmulo fica tão alto que tem olhar para cima, fazendo uma reverência a ele. Ou então pode-se subir até a galeria e ver o túmulo de cima, olhando para baixo e, novamente, fazendo uma reverência póstuma ao Napoleão.




Cruzamos a Esplanade des Invalides, até a Ponte Alexander III (construída de un tirón!). Do outro lado, o Grand Palais + Palais de la Decouverte erguem-se sobre o Sena. (Adoro o Palais, mas não tirei nenhuma foto...) O complexo foi construído para a Grande Exposição, em 1889, assim como a Torre Eiffel. Mais adiante, chegamos à Place de la Concorde, ponto de chegada do Tour de France. (O vencedor e sua equipe ficam hospedados no Hôtel Crillon, o mesmo da Josefina!) Na época da Revolução Francesa, a Place de la Concorde era palco de decapitações de reis, nobres e inclusive revolucionários, como Danton e Robespierre. A praça era banhada de sangue e até os animais se recusavam a passar por ali. Para acabar com esse estigma negativo, a antiga Praça da Revolução foi chamada de Praça da Concórdia. Do outro lado do Sena, fica a Assembleia Nacional (Palais Bourbon), símbolo da democracia.



Cruzando o Jardin de Tuilleries, chegamos ao Louvre.



Aí fizemos uma parada estratégica para um chocolate quente antes de voltar. Como era domingo, a pista de carros do Sena fica fechada e nós descemos para um free ride!


Fizemos uma nova parada em frente à Torre Eiffel no ponto que, segundo o guia, é o melhor para fotos.

O passeio é muito legal e vale super a pena. Eu recomendo! Não é baratinho, mas é muito divertido. E o guia também era ótimo, um americano que fazia umas piadinhas e uns comentários bem inteligentes. Mas, no inverno, preparem-se! Se já é frio caminhando, no Segway é muito, mas muito mais frio. Quando a gente chegou de volta no escritório, tive que passar uns bons 10 minutos com o pé na calefação para esquentar meus dedinhos. Eu não tava sentindo nada...
Daí pegamos o metrô até a estação Cardinal Lemoine e caminhamos pela pitoresca e animada rue Mouffetard. O tradicional marché já tinha acabado, mas o clima e a vibração da rua são o máximo. Almoçamos em outro restaurante indicado pelo Herzog, o Les Papillons. Estava tão cheio que tivemos que esperar um pouco na rua enquanto as pessoas saíam. É o típico bistrô francês, com o marido atrás do balcão e a mulher se revezando entre a cozinha e o salão. Todos se conhecem, donos e clientes. Comentei do sobre o guia com a madame Bottin e ela tem um exemplar assinado por todos os brasileiros que vão ao restô. Começamos com uma assiete de fromage, sendo o preferido o queijo Ercheniac. Só não tinha o lapin Sauté. Comi um agneau, delícia! A sobremesa foi um crepe de nutella que comprei caminhando pela Mouffe.
Passamos na frente do hostel onde fiquei antes de ir para a casa da madame Mimi!


Chegamos até o Panthéon, onde fica o pêndulo de Foucault. Acho bem legal ter o pêndulo lá. É uma das grandes atrações e um grande diferencial! Esse é um dos lugares que me traz mais recordações do mês que passei em Paris nos idos anos 2000. Era do lado da casa da madame Mimi e eu adorava essa esquina, com o Panthéon, a École de Droit e a Mairie do 5ème. No fim, ainda dá para ver o Jardin du Luxembourg e a Torre Eiffel. AMO!



Descendo a rue Soufflot, passamos em frente à casa da mme. Mimi, na place Edmond Rostand. A minha janela era no segundo andar, bem no meio da foto!


Na volta para casa, demos a volta no Jardin, que tinha uma bela exposição de fotos: La France vue du train. As fotos eram super artísticas, muito bonitas. (Lembro que tinha várias dessas exposições na época em que fiquei aqui!)

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