domingo, 30 de outubro de 2011

Tunísia - Chebika, Tamerza, Nefta, Sbeitla, Kairouan

Day 5 – 27 de março, sexta-feira

Hoje acordamos cedo para o tour de 4x4 pelo oásis e deserto. Primeiro, fomos a Chebika, um oásis de montanha, a 650m do nível do mar, no Atlas.
Lá no fundo, conseguimos ver até o lago salgado, depois uma imensidão de deserto, até começarem as palmeiras do oásis. Por fim, vem o Atlas. A vista é muito variada e a combinação da aridez do deserto e das montanhas com os riachos e as palmeiras é incrível.
Tocamos na água de uma nascente, que forma um lago e corre por canaletas pelo oásis, e é morninha, uma delícia!
A próxima parada foi Tamerza, outro oásis, este com uma grande queda de água, mas o outro é mais bonito e bem maior.

* Há três tipos de oásis: de montanha, de deserto e de mar. No oásis de mar, as tâmaras não são de boa qualidade, pois ficam salgadas. E também tem três tipos de deserto, de areia, de pedregulho e de pedra.
Na volta, cruzamos a mesma estrada, uma aridez completa dos dois lados. No fundo, vemos a cadeia montanhosa do Atlas, sempre nos acompanhando. Há uma vegetação rasteira perto da estrada, mas absolutamente nenhuma sombra! De vez em quando, vemos até um grupo de camelos pastando.

Antes de voltar para o hotel, pegamos um detour e caímos no meio do deserto de areia, que é o tipo mais incrível e sufocante de deserto. Parece que a gente não sai do lugar, mas a paisagem nunca é 100% a mesma.
Ao fundo, víamos um brilho de um lago de sal e, às vezes, tínhamos a nítida impressão de ver água. Ficar dias no deserto, sem água, deve ser realmente algo enlouquecedor. Fizemos um rali pela areia, incluindo manobras radicais! Parecia quase uma montanha russa.

Paramos no local onde foi filmado o Star Wars, que ainda mantém a “cidade cenográfica” que foi construída para o filme. Não tem muita graça. O bacana é simplesmente o fato de o filme ter sido filmado lá. Para variar, tinha milhares de crianças vendendo tudo a um dinar.
Voltamos para almoçar no hotel e descansar um pouco antes de sair de novo. Esse clima de deserto é realmente muito cansativo.
Fomos até Nefta e vimos uma enorme cisterna que abastece o oásis. Entramos no oásis de charrete e fomos passeando e vendo cachos de tâmaras secas presas lá no alto das palmeiras.
Um senhor nos recebeu dentro da “plantação” de tâmaras. Primeiro ele explicou que a polinização é toda feita a mão. A grande maioria das palmeiras são fêmeas e há poucas palmeiras macho.
Então, eles pegam o pólen do macho, sobem na palmeira e polinizam as fêmeas. Num único ano, é preciso subir nas palmeiras quatro vezes: uma para polinizar, duas para limpar e cuidar, e uma para colher as tâmaras. Ainda tivemos uma demonstração de um menino subindo na palmeira, super ágil. Mas os pés dele devem sofrer!
Provamos água de palmeira, como água de coco, mas muuuuito mais doce, tipo caldo de cana. Fumamos folha de palmeira e, por fim, provamos as tâmaras de fabricação do local. Eram realmente deliciosas!
Ainda demos um passeio no zoológico local, bem mal cuidado. A parte mais legal é a interação com os bichos (com os outros). A Matias colocou cobra no pescoço, lagarto no ombro, deu coca-cola para dromedário (que ainda arrota depois).
Voltamos de charrete até o ônibus e fomos passear na Medina de Tozeur. A arquitetura da cidade é linda, toda com tijolos aparentes, formando decorações em relevo nas fachadas. É uma das medinas mais bonitas, pitoresca, limpa e organizada que vimos!
Voltamos para o ônibus e nós e parte do grupo acabamos nos desencontrando do guia. Ficamos uns 40 minutos esperando por ele para voltar para o hotel e jantar. E amanhã, o dia começa às 5h da matina!
Day 6 – 28 de março, sábado
Começamos o dia rumo a Sbeitla. Lá ficam as ruínas da cidade romano-bizantinas de Sufetula, construída com pedras de coloração dourada, no final do século I. Destacam-se os mosaicos que ainda sobrevivem no chão dos antigos templos, banhos públicos ou termas, restos de habitações comuns e igrejas bizantinas e, principalmente, o Fórum, onde templos dedicados a Júpiter, Juno e Minerva ainda estão quase intactos, o Arco do Triunfo e a Porta de Antonio, por onde se entra no Fórum.

Seguimos até Kairouan, a cidade muçulmana mais sagrada da África e a quarta no mundo depois de Meca, Medina e Jerusalém, único lugar que, visitado sete vezes, dispensa o dogma da peregrinação à Meca. É conhecida como a cidade das 50 mesquitas.
Visitamos a Grande Mesquita de Sidi Oqba Ibnu Naffa, fundada em 671 (d. C.) e o mausoléu do barbeiro, chamado Sidi Sahbi. A mesquita tem belas portas talhadas em madeira e arabescos de estuque, além de 400 colunas de mármore na sala de orações.

Passeamos um pouco pela cidade antiga, visitamos as oficinas de artesanato local de Kairouan, principalmente de tapetes e almoçamos já bem tarde no Hotel La Kasbah.
Daí já retornamos para Tunis, onde passamos à noite. Mas, para comemorar o aniversário da mamãe, fomos jantar em Sidi Bou Said, uma cidade linda, bem pertinho de Tunis. Fomos ao Au Bon Vieux Temps, um restaurante delicioso com um terraço super agradável. Comi cordeiro com couscous, delicioso!

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