domingo, 9 de outubro de 2011

Tunísia - Hammamet, Sousse, Monastir, El-Jem, Sfax


              Day 1 – 23 de março, segunda-feira
Depois de um dia quase inteiro no avião, chegamos a Tunis, capital da Tunísia, por volta de 17h. Ainda queríamos dar um passeio pela Medina, mas tudo fecha às 18h e achamos que seria mais prudente não arriscar, principalmente logo no primeiro dia. Demos uma volta pela Rue de la Liberté, mas não fomos muito longe.
Os tunisianos são bem mais árabes do que eu imaginava. Alguns nem devem falar francês direito. Além disso, 80% das pessoas nas ruas são homens e todo mundo olha bastante para a gente... Afinal, três mulheres e moleque, todos branquelos, não deve ser uma coisa que eles vêm todos os dias.
Passamos por alguns cafés lotados, sem nenhuma mulher dentro. (* Já faz tempo que eu escrevi isso, mas ainda lembro perfeitamente da sensação de andar nas ruas sob olhares atentos de todos os homens mal encarados que havia em volta.) Minha mãe queria entrar num dos cafés, mas foi terminantemente proibida. Achamos melhor não exagerar e voltamos logo para o hotel.
Na volta, parei numa banquinha e comprei pistache e semente de girassol.

Day 2 – 24 de março, terça-feira
Pegamos o nosso ônibus velho, ao melhor estilo do filme “Falando Grego” e saímos de Tunis às 7h30 e fomos para Hammamet, uma cidade que fica na costa. Passamos pela Kasbah, um forte árabe construído no século XV, que fica logo na entrada da Medina.
A medina é linda, toda branca e azul, com as portas decoradas típicas da Tunísia.
Os vendedores da Medina atacam os passantes com voracidade, tentando nos puxar para dentro das lojas. São muito insistentes e têm todos a mesma técnica: não desistir nunca!
Voltamos para o ponto do ônibus, perto da praia, tomamos um chá e seguimos em direção a Sousse.
Em Sousse, paramos na Place des Martyrs e fomos caminhando até a cidade. Lá tem uma ONAT (Lojas de Artesanato do Estado), onde deixamos a Nonna nas comprinhas enquanto fomos passear pela Medina.
Entramos na Grande Mesquita, mas só podemos ficar pelo pátio, sem entrar no lugar de reza. O tunisiano que cuida da mesquita há 22 anos veio nos contar histórias e detalhes do islamismo. Nessas horas, agradeço a minha mãe por falar francês! Merci!
 


Passeamos um pouco pela Medina e já seguimos o nosso caminho, até Monastir, onde paramos para almoçar.
Depois de comer, fomos ao Mausoléu de Habib Bourguiba, o primeiro presidente da Tunísia e responsável pela independência da França. O mausoléu é todo em mármore branco e preto, tem dois minaretes e duas cúpulas. Para chegar até lá, há uma ampla alameda, com o chão decorado com formas palmeiras, e ladeada por elas mesmas. É bem imponente.
No início da alameda, fica o Monumento do Soldado Desconhecido, uma construção octogonal com uma cúpula. É bem bonito.
Daí, fomos ao Ribat, um mosteiro islâmico fortificado, que combinava as funções religiosas e militares. Eu e o Mati subimos até a Torre de Observação, de onde se tem uma vista linda da cidade, de toda a costa, com o mar azul clarinho lá embaixo.
Nos arredores de Sousse e Monastir, há vários resorts, casas de veraneio, marinas, campos de golf, tudo chiquérrimo. No verão, é o local de férias de muitos europeus.
Seguindo para Sfax, paramos em El-Jem, que foi uma das mais ricas colônias romanas na África. A relíquia histórica mais magnífica que sobreviveu foi o anfiteatro, construído entre os séculos II e III d.C.
É o terceiro maior anfiteatro romano do mundo (depois de Roma e Nimes), com capacidade para 30 mil pessoas e 427 metros de diâmetro. Há um emaranhado de corredores, que leva aos andares superiores. As paredes são muito grossas, mas, infelizmente, tudo está bastante destruído e mal cuidado.
Como já estava entardecendo, a cor da luz caindo sobre as paredes de pedra criava um cenário ainda mais lindo e imponente.  O mais impressionante é imaginar como isso foi construído no meio da África!
Continuamos até Sfax, onde chegamos às 19h, já escuro para comer e dormir. No restaurante onde comemos, próximo ao hotel, havia um grupo de música tocando. Nice.

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