domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Porto

Viagem França 2010 / 2011 - Parte 7

Dia 15 - 12 de janeiro de 2011, quarta-feira

Saímos cedo de Santiago, mas, por causa de um desvio de caminho (maldito GPS), demoramos bastante para chegar no Porto, em Portugal. (Tem um Porto na Espanha também...)
Chegamos no hotel por volta das 13h, fizemos o check-in e devolvemos o carro. Da Avis, fomos caminhando até o Café Majestic, um dos cafés mais tradicionais da cidade, como uma Colombo ou um Tortoni. Almoçamos lá e comemos muito bem! Eu pedi um entrecôte, que estava delicioso, e o Dani comeu um bacalhau. Estava super macio, magnífico. De sobremesa, rabanada molhada em ovos moles. De comer rezando para as freiras portuguesas!
Caminhamos pela rua de Santa Catarina, onde fica o Majestic, uma rua peatonal, cheia de lojas e shoppings, como a Florida. Na volta, pegamos o ônibus de sight seeing e foi ótimo.
Saímos do centro e passamos pela Casa da Música, um prédio modernoso, com um pátio grande na frente, onde uns jovens ficam andando de skate. Também passamos pelo Palácio de Cristal e seus jardins, mas não parecia nada demais, pelo menos de dentro do ônibus.
Cruzamos toda a cidade, atravessando o bairro residencial, com muitas casas bonitas, até chegar ao Forte de São Francisco Xavier, também conhecido como Castelo do Queijo, porque a pedra onde ele foi construído tem a forma de um queijo (?!). Na praia, ao lado do forte, dezenas de surfistas se aglomeravam no mar gelado. E nem tinha tanta onda assim...
O restante do percurso foi pela orla, passando pelo Castelo de São João da Foz, pelo passio da Foz e o Farol de São Miguel. Também passamos pela Alfândega Nova, que hoje recebe diversas exposições, e pelo cais da Ribeira.
Cruzamos a ponte de D. Luís I, construída por um discípulo de Eiffel, também toda em ferro, e passamos pelo Cais de Gaia, onde ficam as caves de vinho do Porto.
Descemos do ônibus e voltamos até o hotel pela Rua de Mousinho da Silveira.
À noite, voltamos para jantar na rua da Galeria de Paris, que, teoricamente, é uma zona de bares. Não tinha muita coisa aberta, mas ficamos num lugar interessante, com uma decoração retrô e um carro antigo no meio do salão.

Dia 16 - 13 de janeiro de 2011, quinta-feira
Hoje, o nosso passeio começou pela Avenida dos Aliados, onde fica o Palácio da Câmara. O dia estava lindo, com o céu totalmente azul. (Impressionante como um dia bonito muda a cidade!)
Caminhamos até a Torre dos Clérigos e a Livraria Lello e Irmãos. No bus turistic, dizia que era uma das livraria mais bonitas do mundo, comparando inclusive com El Ateneo. Por fora, é só pitoresca, toda de madeira branca trabalhada. Mas, por dentro, é realmente surpreendente.
(Comprei um livro ótimo para a mamãe na Lello, um relato de viagens do Miguel Sousa Tavares, chamado Sul. Muito bom e mais apropriado impossível. A primeira frase do livro é a seguinte: "aprendi a viajar com a mãe". Preciso dizer mais alguma coisa?)
Ao lado da Lello, fica a Igreja do Carmo, toda de azulejos.
Tivemos que passar pelo hotel para trocar a bateria da máquina (!) e, no caminho, encontramos uma loja linda, da sessão vale super a pena ir, chamada Vida Portuguesa. O prédio é lindo e tem de tudo, tudo de bom gosto, desde objetos de decoração, até peças e embalagens (de comida, sabonete, etc) super retrô.
Voltando a descer em direção à cidade baixa, passamos na Estação São Bento, outra mostra dos lindos painéis de azulejos portugueses.


Em seguida, fomos até a , onde fica também o Pelourinho. A vista da cidade daí de cima é linda, seja para o lado da cidade ou do rio.


Descemos até a cidade baixa pela Rua da Bainharia (depois ouvi a recepcionista do hotel dizendo que é perigoso...). É a vera vida portuguesa, com as roupas penduradas da janela, as crianças correndo e grupos de homens e mulheres de papo pelas ruas.


Passamos ainda pelo Palácio das Artes, Instituto do Vinho do Porto, Mercado Ferreira Borges e o Palácio da Bolsa. (Ao redor dessa praça, tem um prédios super maltratados. Pena que eles não estejam melhor cuidados ou recuperados...)
Entramos na igreja de São Francisco, muito simples por fora (bem no estilo franciscano), mas totalmente recoberta de ouro por dentro. É realmente impressionante. Também descemos às catacumbas. Antigamente, em Portugal, não havia cemitérios. Todos os mortos eram enterrados em catacumbas, debaixo das igrejas, então as famílias compravam seus lugares recobrindo a igreja de ouro.
Caminhando mais um pouco, chegamos ao Cais da Ribeira. O local é repleto de bares e construções de até cinco andares, todas coloridas, com as tradicionais roupas penduradas na janela.
O passeio na Ribeira é muito agradável.
 Sentamos para comer ao ar livre, aproveitando o dia ensolarado no Chez Lapin. Mais uma vez (e pela última na viagem), banqueteamos! De entrada, dividimos uma alheira (parecido com um croquetão). Pedimos vitelo ao vinho do porto e polvo no azeite e dividimos os dois pratos. Acompanhando o almoço, um delicioso e refrescante vinho verde.
Quando acabamos, cruzamos a ponte e fomos andando até o Cais de Gaia.

Fizemos uma visita guiada à cave Sanderman. Foi muito interessante, explicando todo o processo de produção e os diferentes tipos de vinho do Porto. A guia estava toda vestida de Don, o personagem-logo da marca. Depois de passar por tonéis e barris de vinho do Porto, terminamos degustando um branco e um tinto Ruby.

Voltamos já com cara e espírito de vinho do Porto e com uma luz de fim de dia linda!

Atravessamos a ponte de volta para a Ribeira e fomos tentar fazer um passeio de barco pelo Douro ao pôr-do-sol, mas não tinha mais. Já estava começando a ficar bem frio e só porque estava sol a gente achou que era calor... Ah, o Rio de Janeiro!
Passeamos mais um pouco, aproveitando aquele fim de tarde deliciosos e pegamos o funicular, que nos levou até a praça da Batalha, já na cidade alta. Dali, pegamos o bonde (ou eléctrico) até o hotel.
Arrumamos as coisas e nos despedimos da Europa. O voo era muito cedo no dia seguinte. Tivemos que madrugar!

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