Hoje
acordamos cedo para o tour de 4x4 pelo oásis e deserto. Primeiro, fomos a Chebika, um oásis de montanha, a 650m
do nível do mar, no Atlas.
Lá
no fundo, conseguimos ver até o lago salgado, depois uma imensidão de
deserto, até começarem as palmeiras do oásis. Por fim, vem o Atlas. A
vista é muito variada e a combinação da aridez do deserto e das montanhas com
os riachos e as palmeiras é incrível.
Tocamos na água de uma nascente, que
forma um lago e corre por canaletas pelo oásis, e é morninha, uma delícia!
A
próxima parada foi Tamerza, outro
oásis, este com uma grande queda de água, mas o outro é mais bonito e bem
maior.
*
Há três tipos de oásis: de montanha, de deserto e de mar. No oásis de mar, as
tâmaras não são de boa qualidade, pois ficam salgadas. E também tem três tipos
de deserto, de areia, de pedregulho e de pedra.
Na
volta, cruzamos a mesma estrada, uma aridez completa dos dois lados. No fundo,
vemos a cadeia montanhosa do Atlas, sempre nos acompanhando. Há uma vegetação
rasteira perto da estrada, mas absolutamente nenhuma sombra! De vez em quando,
vemos até um grupo de camelos pastando.
Antes
de voltar para o hotel, pegamos um detour
e caímos no meio do deserto de areia, que é o tipo mais incrível e
sufocante de deserto. Parece que a gente não sai do lugar, mas a paisagem nunca
é 100% a mesma.
Ao
fundo, víamos um brilho de um lago de sal e, às vezes, tínhamos a nítida
impressão de ver água. Ficar dias no deserto, sem água, deve ser realmente algo
enlouquecedor. Fizemos um rali pela areia, incluindo manobras radicais!
Parecia quase uma montanha russa.
Paramos
no local onde foi filmado o Star Wars, que ainda mantém a “cidade
cenográfica” que foi construída para o filme. Não tem muita graça. O bacana é
simplesmente o fato de o filme ter sido filmado lá. Para variar, tinha milhares
de crianças vendendo tudo a um dinar.
Voltamos
para almoçar no hotel e descansar um pouco antes de sair de novo. Esse clima de
deserto é realmente muito cansativo.
Fomos
até Nefta e vimos uma enorme cisterna
que abastece o oásis. Entramos no oásis de charrete e fomos passeando e vendo
cachos de tâmaras secas presas lá no alto das palmeiras.
Um senhor nos recebeu
dentro da “plantação” de tâmaras. Primeiro ele explicou que a polinização é
toda feita a mão. A grande maioria das palmeiras são fêmeas e há poucas
palmeiras macho.
Então,
eles pegam o pólen do macho, sobem na palmeira e polinizam as fêmeas. Num único
ano, é preciso subir nas palmeiras quatro vezes: uma para polinizar, duas para
limpar e cuidar, e uma para colher as tâmaras. Ainda tivemos uma
demonstração de um menino subindo na palmeira, super ágil. Mas os pés dele
devem sofrer!
Provamos
água de palmeira, como água de coco, mas muuuuito mais doce, tipo caldo de
cana. Fumamos folha de palmeira e, por fim, provamos as tâmaras de fabricação
do local. Eram realmente deliciosas!
Ainda
demos um passeio no zoológico local, bem mal cuidado. A parte mais legal é a
interação com os bichos (com os outros). A Matias colocou cobra no pescoço,
lagarto no ombro, deu coca-cola para dromedário (que ainda arrota depois).
Voltamos
de charrete até o ônibus e fomos passear na Medina de Tozeur. A
arquitetura da cidade é linda, toda com tijolos aparentes, formando decorações
em relevo nas fachadas. É uma das medinas mais bonitas, pitoresca, limpa e
organizada que vimos!
Voltamos
para o ônibus e nós e parte do grupo acabamos nos desencontrando do guia.
Ficamos uns 40 minutos esperando por ele para voltar para o hotel e jantar. E
amanhã, o dia começa às 5h da matina!
Day 6 – 28 de março, sábado
Começamos
o dia rumo a Sbeitla. Lá ficam as ruínas
da cidade romano-bizantinas de Sufetula, construída com pedras de coloração
dourada, no final do século I. Destacam-se os mosaicos que ainda sobrevivem no
chão dos antigos templos, banhos públicos ou termas, restos de habitações
comuns e igrejas bizantinas e, principalmente, o Fórum, onde templos
dedicados a Júpiter, Juno e Minerva ainda estão quase intactos, o Arco do
Triunfo e a Porta de Antonio, por onde se entra no Fórum.
Seguimos
até Kairouan, a cidade
muçulmana mais sagrada da África e a quarta no mundo depois de Meca, Medina e
Jerusalém, único lugar que, visitado sete vezes, dispensa o dogma da
peregrinação à Meca. É conhecida como a cidade das 50 mesquitas.
Visitamos
a Grande Mesquita de Sidi Oqba Ibnu Naffa, fundada em 671 (d. C.) e o
mausoléu do barbeiro, chamado Sidi Sahbi. A mesquita tem belas
portas talhadas em madeira e arabescos de estuque, além de 400 colunas de mármore
na sala de orações.
Passeamos
um pouco pela cidade antiga, visitamos as oficinas de artesanato local de
Kairouan, principalmente de tapetes e almoçamos já bem tarde no Hotel La Kasbah.
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