Day 1 – 23 de março, segunda-feira
Depois
de um dia quase inteiro no avião, chegamos a Tunis, capital da Tunísia, por
volta de 17h. Ainda queríamos dar um passeio pela Medina, mas tudo fecha às 18h
e achamos que seria mais prudente não arriscar, principalmente logo no primeiro
dia. Demos uma volta pela Rue de la Liberté, mas não fomos muito longe.
Os
tunisianos são bem mais árabes do que eu imaginava. Alguns nem devem falar
francês direito. Além disso, 80% das pessoas nas ruas são homens e todo mundo
olha bastante para a gente... Afinal, três mulheres e moleque, todos
branquelos, não deve ser uma coisa que eles vêm todos os dias.
Passamos
por alguns cafés lotados, sem nenhuma mulher dentro. (* Já faz tempo que eu
escrevi isso, mas ainda lembro perfeitamente da sensação de andar nas ruas sob
olhares atentos de todos os homens mal encarados que havia em volta.) Minha mãe
queria entrar num dos cafés, mas foi terminantemente proibida. Achamos melhor
não exagerar e voltamos logo para o hotel.
Na
volta, parei numa banquinha e comprei pistache e semente de girassol.
Day 2 – 24 de março, terça-feira
Pegamos
o nosso ônibus velho, ao melhor estilo do filme “Falando Grego” e saímos de
Tunis às 7h30 e fomos para Hammamet,
uma cidade que fica na costa. Passamos pela Kasbah, um forte árabe
construído no século XV, que fica logo na entrada da Medina.
A medina é linda, toda branca e azul, com as portas decoradas típicas da Tunísia.
Os
vendedores da Medina atacam os passantes com voracidade, tentando nos puxar
para dentro das lojas. São muito insistentes e têm todos a mesma técnica: não
desistir nunca!
Voltamos para o ponto do ônibus, perto da praia, tomamos um chá
e seguimos em direção a Sousse.
Em
Sousse, paramos na Place des Martyrs
e fomos caminhando até a cidade. Lá tem uma ONAT (Lojas de Artesanato do
Estado), onde deixamos a Nonna nas comprinhas enquanto fomos passear pela Medina.
Entramos
na Grande Mesquita, mas só podemos ficar pelo pátio, sem entrar no lugar
de reza. O tunisiano que cuida da mesquita há 22 anos veio nos contar histórias
e detalhes do islamismo. Nessas horas, agradeço a minha mãe por falar francês!
Merci!
Depois
de comer, fomos ao Mausoléu de Habib Bourguiba, o primeiro presidente da
Tunísia e responsável pela independência da França. O mausoléu é todo em
mármore branco e preto, tem dois minaretes e duas cúpulas. Para chegar até lá,
há uma ampla alameda, com o chão decorado com formas palmeiras, e ladeada por
elas mesmas. É bem imponente.
No
início da alameda, fica o Monumento do Soldado Desconhecido, uma
construção octogonal com uma cúpula. É bem bonito.
Daí,
fomos ao Ribat, um mosteiro islâmico fortificado, que combinava as
funções religiosas e militares. Eu e o Mati subimos até a Torre de Observação,
de onde se tem uma vista linda da cidade, de toda a costa, com o mar azul
clarinho lá embaixo.
Nos
arredores de Sousse e Monastir, há vários resorts, casas de
veraneio, marinas, campos de golf, tudo chiquérrimo. No verão, é o local de
férias de muitos europeus.
Seguindo
para Sfax, paramos em El-Jem, que foi uma das mais ricas
colônias romanas na África. A relíquia histórica mais magnífica que sobreviveu
foi o anfiteatro, construído entre os séculos II e III d.C.
É
o terceiro maior anfiteatro romano do mundo (depois de Roma e Nimes), com
capacidade para 30 mil pessoas e 427 metros de diâmetro. Há um emaranhado de
corredores, que leva aos andares superiores. As paredes são muito grossas, mas,
infelizmente, tudo está bastante destruído e mal cuidado.
Como
já estava entardecendo, a cor da luz caindo sobre as paredes de pedra criava um
cenário ainda mais lindo e imponente. O
mais impressionante é imaginar como isso foi construído no meio da África!
Continuamos
até Sfax, onde chegamos às 19h, já escuro para comer e dormir. No restaurante
onde comemos, próximo ao hotel, havia um grupo de música tocando. Nice.
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