13 de abril,
sexta-feira
BRUSSELES
Hoje começamos
o dia no hop on hop off para ver a cidade como um todo. Começamos pela estação
central, logo atrás do nosso hotel. Passamos pela Place Royal (onde se
congregam os principais museus da cidade) e o Parc de Bruxelles. Do outro lado do parque, de frente para a
Place Royal e o Palais du Roi, fica o Palais de la Nation, onde mora a
família real e que abre ao público no verão, durante as férias do rei.
Passamos
também pelo Sablon (Grand,
Petit e Eglise), onde vamos voltar para passear mais tarde. Na Place Louise,
fica o Palais de Justice, um
prédio enorme, com uma cúpula linda e super imponente, que estava em
recuperação. Como essa é uma parte mais alta da cidade, onde antes moravam os
ricos, na place tem um plateau com vista para toda a cidade baixa, com a agulha
do Hôtel de Ville sobressaindo.
Seguindo, passamos por todos os prédios comerciais da Bruxelas moderna, onde funcionam as
principais empresas e instituições da União Europeia, incluindo o Parlamento Europeu. Passamos
ainda pelo Parc du Cinquantenaire,
construído em homenagem aos 50 anos da cidade, com o Arc du Triumph. Passamos também pela rue Neuve, que tem um ótimo comércio e diversas lojas de
departamentos.
No Park van Laken, descemos do
ônibus e subimos no Atomium,
escultura inaugurada em 1958 para a feira mundial de Bruxelas. Subimos apenas
na esfera mais alta, de onde se pode ver toda a cidade. A maneira como as bolas
são interligadas é bem impressionante. Na época, o objetivo era mostrar a
supremacia belga no trabalho com aço.
Já no caminho
de volta, descemos na estação central e fomos almoçar no A la Morte Subite. Foi um almoço mais rápido, para que os
lugares não fechassem.
Primeiro,
fomos ao Musée du Chocolat,
onde um mestre chocolatier faz uma demonstração de como são feitos os pralinés.
Eu tinha procurado muito por um curso express, tipo de uma tarde, de chocolate,
mas não achei...
No andar de
cima do museu, tem uma exposição sobre a produção do cacau, além de louças
específicas para servir o chocolate, como um bule com pistão em cima, como se
fosse para misturar o chocolate.
Em seguida,
fomos até a Place Royale, que
vale uma visita a pé, incluindo uma passada pelo parque, se o tempo permitir.
Na praça, fica o edifício do Musée
Royale de Beaux-Arts, no coração histórico de Bruxelas, onde funciona
também o Musée Magritte, no
qual entramos. O museu é lindo e belamente organizado. Expõe pinturas e
trabalhos do período surrealista e impressionista de Magritte. Faltam alguns
dos quadros mais famosos, mas tem muitos outros que dão uma ideia bem completa
do pintor.
Saindo do
museu, caminhamos até o Petit Sablon, cercado por mais de 40 esculturas, cada
uma representando um ofício, como o sapateiro e o caçador. Ao lado da praça, a Eglise du Sablon. Descansamos um pouco
ao sol num banquinho e continuamos para o Grand Sablon, praça onde funciona um
marche aux puces, rodeada por lojas lindas de chocolate, decoração,
antiguidades e bares.
Voltamos
caminhando, passando pelo Manneken e Grand Place. Descansamos um pouco no hotel
e saímos para comer na nossa praça mesmo. O restaurante era muito simpático,
com uma lareira central. Comemos
dois pratos típicos: vol au vent avec poulet et champignon e carbonade a la
flammande. Para acompanhar, uma cerveja Tongerlo blonde e ruiva.
14 de abril,
sábado
BRUSSELES -
BRUGGE
Chegamos a
Brugge às 11h e já fizemos check-in no hotel e deixamos as coisas. Saímos para
passear e conhecer um pouco a cidade antes da reserva do almoço. A cidade é
linda e realmente muito romântica. As casas em estilo típico holandês, com os
telhados em forma de escada, que margeiam os canais, criam um cenário
belíssimo. Certamente não é uma cidade para uma excursão de um dia e arrisco
dizer que uma noite também foi pouco, afinal nosso passeio foi apenas flanar.
Não entramos em nenhum dos milhares de museus, igrejas e monumentos da cidade.
Nosso hotel
ficava ao lado da Jan Van Eyck Plein,
uma praça pequena, mas que emoldura muito bem a paisagem das casas, canal e
estátua do pintor.
Caminhamos
pela Praça do Mercado, onde
fica a Halletoren (Beffroi),
construída no século 13, com 47 sinos no topo e de onde se pode apreciar uma
bela vista da cidade, acredito eu, já que não subimos. As demais construções
que rodeiam a praça também são lindas e formam um conjunto harmônico.
Logo ao lado,
na Burg Plein, estão o prédio
gótico da prefeitura e o Palácio da Liberdade, além do
Palácio do Bispo, em estilo barroco, e a igreja do Sangue Santo, que guarda um
tecido com o sangue de Cristo, que só é exibido ao público uma vez por semana.
(Se for o dia em que você estiver em Brugge, não deixe de ir. Não demos essa
sorte...) A praça é linda e muito vistosa e resplandescente.
Passando sob
as arcadas do Palácio do Bispo,
chegamos ao antigo mercado de peixe, que hoje abriga uma feira de artesanato.
Daí mesmo, pegamos um barco para um passeio
pelos canais, rápido e imperdível. Foi possível ver a cidade desde um
outro ponto de vista!
Ao voltar do
passeio, fomos caminhando até o De
Karmeliet, um restaurante 3 estrelas no guia Michelin. Assim que
chegamos, já fomos recebidas por 3 rapazes lindos e bem-vestidos. Foi realmente
uma viagem gastronômica.
Como
amuse-bouche, nos serviram um assortiment com várias pequenas opções, todas
incríveis. De entrada, eu comi uma salada de aspargos com alcachofra. Estava
ligeiramente morna e tinha um caldo delicioso que juntava os sabores de todos
os itens do prato. O prato principal era canard au miel, com uma torta de
polenta, patê e um purê com pedacinhos de cenoura. Para terminar, de sobremesa,
tinha um sorbet de chocolat com mousse de maracujá, calda de laranja e várias
pequenas pérolas de chocolate, além dos petit-fours acompanhando o café, com
variedades como macarron de framboesa e chocolate branco, morango envolto em
suspiro e torrone de pistache. Pedimos uma garrafa de vinho branco belga. (O
bom de viajar com uma grávida é que uma garrafa é a conta certa para a outra
pessoa beber com vontade!)
Após o almoço,
assisti a um concerto da orquestra da cidade na Burg, que misturava música
clássica e outras mais moderninhas, como YMCA e Abba.
Depois, fomos
passear pela Steenstraat, a
principal rua de comércio da cidade, com lojas muito elegantes. Passamos em
frente à catedral e
continuamos até o fim da rua, chegando à praça Zand, onde há um mercado de
quinqui aos sábados. Not worth
it at all.
Logo ao lado,
fica o Concertgebouw, onde o
taxista disse que tem um elevador que leva a um platô de onde se tem uma bela
vista da cidade, sem enfrentar os degraus do Beffroi. Como chegamos lá depois
de 17h, estava fechado e nem tentamos.
Pensamos em
caminhar até o Beguinage, por
onde tínhamos passado mais cedo de barco, mas era um caminho longo e também já
ia estar fechado quando chegássemos. Infelizmente não conseguimos ver as
casinhas brancas das béguines. Fica para a próxima visita a Brugge.
Caminhamos
pelas ruazinhas e passamos pela Nôtre-Dame,
a torre mais alta da cidade. A obra prima da igreja é a Madonna de Michelangelo,
feita para a catedral de Siena, mas comprada por dois mercadores italianos.
Passamos
também pelo hospital St. Jain, onde havia um concerto de harpa. Entramos e
assistimos uma parte. Foi lindo.
Voltamos para
o hotel, descansamos um pouco e saímos para jantar. Escolhemos uma varanda na
praça do mercado e comemos uma pizza bem simples com vista para o Beffroi, bem
lindo! Cidade encantadora!
Achei Brugues e Ghent 2 cidades encantadoras! A Belgica vale por estes pequenos recantos, onde eu voltaria ainda com mais tempo!
ResponderExcluirOlá, "Documentar"!
ExcluirBrugges é realmente incrível. Tenho certeza que ainda vou voltar para lá. Talvez da próxima vez eu possa aproveitar e ir a Ghent também!
Um beijo, Luciana.